domingo, 30 de agosto de 2015

Introdução a personagem Mafalda


Você já se perguntou de onde veio a famosa personagem Mafalda das tirinhas escritas? Sim! Então, viemos, por meio deste, contribuir com um pouco da história da nossa queridinha.

Mafalda foi criada pelo cartunista argentino Quito, apresentando uma menina que vive questionando o mundo a sua volta, desmonstrando preocupação com a Humanidade com doses de revolta com o Estado.

A personagem surgiu de uma campanha publicitária , que não chegou a ser veiculada, em 1962. Entretanto, sua estréia acontece em 1964 no Jornal Primeira Plana.

A tira tem sua produção interrompida em 1973, e segundo o guia do estudante, na oportunidade, o seu criador justificou o novo contexto que se encontrava a Argentina, destacando aqui que Mafalda é um produto, uma voz no contexto da ditadura daquele país.

Nesse entrecho, cumpre-nos destacar que a década de 60, mostra uma invoção nesse tipo de arte, pois até então era voltada ao público infantil, e com as transformações sociais, tanto Mafalda como outros personagens da época passam a ser instrumentos para uma nova forma de expressão para os problemas sociais e políticos, tendo como público alvo os adultos.

Nesse sentido, Liliana Alicia Lavisse Teixeira, em seu trabalho “A (DES) ORDEM DO DISCURSO DE MAFALDA: Uma análise da mulher nas tirinhas de Quino “, aponta que é na década de 1960 que as Histórias em Quadrinhos (HQ) atingem seu ápice, indo além para demonstrar que por meio do humor, do riso, da aventura, do heroísmo, das boas ações, do bem contra o mal, da luta pela justiça contra a injustiça, dos pequenos contra os fortes e poderosos, os quadrinhos lutaram para construir um mundo melhor e mais justo socialmente. Assim, temos as HQ depreendidas como importantes instrumentos a serem usados para além do entretenimento.

Com pouco mais de cinquenta 50 anos, ainda percebemos que o discurso de Mafalda mostra-se bastante atual, com muitos conflitos iguais e poquissimos diferentes, porém derivados.

Fonte:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Mafalda

www.guiadoestudante.abril.com.br

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O mundo se esvaziou! Alguém viu?


O que você está fazendo? Por que está fazendo? Por que você faz? O que você quer? Por que você quer? O que você fala? Por que você fala? Quanto custa?

Corre o sol, chega a lua, o carro liga e hora de ir descansar.

Nos recessos empoeirados da mente, questionamentos e reflexões não param...Por que anoiteceu? Por que amanheceu? Por que você ofendeu? Por que você reagiu? O que você está dizendo?

Uma vista ao shopping, lindo vasos com flores de plásticos, pessoas comprando livros clássicos para enfeitar a instante, um carro avança o sinal vermelho, um adolescente não cede seu lugar para o idoso, com licença e desculpa inexistem nos vocabulários, vocábulos por favor e obrigado ficaram num passado distante num dicionário que já nem se consulta, pois a  vida é a virtual.

Amores surgem e desaparecem num mundo virtual. Amizades nascem por meio de fibra ótica. Transações financeiras num clique. O bem e o mal com um simples apertar de botão.

O mundo se esvaziou e ninguém viu!

domingo, 23 de agosto de 2015

Aprendamos com Garth Brooks


Veio da América do Norte, chegou como um furacão, derrubou muito peão, domou muito boi e mostrou um show de solidariedade. Garth Brooks desembarcou em Barretos, animou a plateia e reacendeu talvez por alguns instantes o espírito de solidariedade nos brasileiros.

Esse é o  furacão de Oklahoma, que esbanjou simpatia, arrastou multidões ao interior paulista, e tendo de pano de fundo uma nobre causa.

A solidariedade, para além de um ato de bondade, é verdadeiro cumprimento dos 10 mandamentos, sobretudo amar ao próximo.  E se na sociologia temos o conceito de solidariedade social, isso se concretizou nessa empreitada respeitável e admirável do cantor.

Certamente, plantou sementes boas no solo da vida, semeou esperanças, fazendo florescer sorrisos sinceros e um futuro para muitos.

Obviamente, isso foi um tapa na cara daqueles críticos e que ficam esperando milagres, soluções mágicas para as questões sociais.            

Quem sabe assim saímos do buraco, preenchamos o vazio do nosso ser, e compreendamos que muito gente precisando de nós, e não precisa de dinheiro, às vezes um simples abraço pode significar muito.

Pense nisso!

Divagando na inércia de um mesa de bar


Hoje o céu está pesado e o calor infernal. Acendo um cigarro, ligo o carro e resolvo passear pela cidade.

As ruas estão desertas, pessoas em casa assistindo talvez o Domingão do Faustão. Entretanto, ultimamente, prefiro não fazer como todo mundo faz,  evito o caminho mais curto, procuro por outras frequências.

Passando em frente à praça da igreja matriz, vejo o quanto a cidade está parada, porém, por outro lado, recordo-me das noticias lidas a pouco que dão conta da efervescência de outras localidades. Vontade louca de encher o tanque do carro e ir para lá, onde acontece alguma coisa. Entretanto, prefiro ficar por ali.

Aos poucos surgem:  uma bicicleta, uma carroça, dois carros. Um bairro novo se descortina, na esquina um bar, e do nada pessoas aparecem.

É fato que ando em crise, diríamos popularmente em crise existencial, vivo sempre correndo, sem tempo para nada, e estou aqui a refletir, com certa sensação angustiante, da falta de movimento do ar, das pessoas, das coisas nessa cidadela.

Nesse instante, entro no bar, aquele que parece ter vida pulsante, no bairro que se apresentou na minha aventura diária, peço uma cerveja e sento-me numa mesa na calçada.  A música alta e pessoas jogando o baralho numa mesa. Mesmo com essa agitação, não vejo graça, a música parece não mexer comigo, a cerveja apenas refresca o calor que afeta meu corpo. Estou distante, aquilo não consegui suprir a necessidade que se impõe ao meu ser.

Necessito de outras frequências, cansado de esperar a vida acontecer. Gozado, que justamente estou aqui, numa mesa de bar, vivendo de forma inusitada uma inércia, irritante, porém construtiva.

Na verdade, preciso de novos cheiros e outros gostos.  E assim, lembro da frase “ quem sabe faz a hora e não espera acontecer”. Talvez seja isso, é hora de mudanças, de sair da passividade, tomar uma posição ativa, virar a mesa, arregaçar as mangas e fazer acontecer.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Num extâse profundo, do nada você está dentro de mim!


A tarde cai, saio do trabalho e algo me leva até a praia. Devido ao cansaço do dia, minhas pernas parecem caminhar sozinhas, igualam-se a um skate voador, pois tenho a sensação de flutuar.  Já na praia, diante da imensidão, que me faz pensar o quanto somos pequenos, a vontade de descansar, de se deixar levar pela gostosa irracionalidade, é simplesmente fantástica sensação.

                O mar serena no momento em piso na areia, o vento forte bate em minhas pernas e escuto seus barulhos entre as pedras. Resolvo-me por subir na pedra mais alta, e deixar-me esquecer por alguns momentos. O vento bate, e vai levando tudo embora, deixando o corpo mais leve a cada novo segundo.

                O horizonte e eu se fundem em uma coisa só,  o barulho das ondas é que o me distrai, e eu a deixo me acertar, pois é um frescor, uma mistura de sentidos, que me leva para bem longe daquilo do que eu sou, fazendo-me mais forte.

                Ao contemplar a magnitude da natureza, num êxtase profundo, descubro que você está dentro de mim e eu de você, assim como as ondas do mar vão e depois vem, um influxo de pensamento me encoraja a continuar, o mar parece dizer que desistir é apenas uma besteira, é para os fracos, para os que não querem sentir a beleza e grandeza das experiências que a vida proporciona.

                Uma concha avisto na beira da areia, ela tira-me de um estado divino, mas tenho a certeza que ela é um presente da Natureza para lembrar do vivido ali naquele mágico instante.

Não confunda os verbos acordar e levantar


Olho no relógio, são 07h10 da manhã, a cama parece me acolher de uma forma tão diferente, mas a hora de levantar, tomar café e ir trabalhar chegou. Às vezes, fico pensando por que a minha cama não é tão acolhedora assim na hora que vou dormir.

O cobertor e o travesseiro ficam tão amigos as 07h10 da manhã, eles pedem, imploram para que eu fique, mas a minha mente racional, embora pense só mais 10 minutos, que aliás parecem segundos quando resolvo me dar a esse luxo, quer levantar e já começa me bombardear com informações.

Diante disso, numa análise linguística, concluo nunca confunda os verbos acordar com levantar, pois são diferentes em significados e só descobrimos isso nessa hora, pois acordo, mas não quero levantar. Às vezes, acho que levanto sem acordar, e é bem isso que acontece nesse momento.

E quando você pensa só mais 15 minutinhos, e aí você relaxa, afinal estão me acolhendo tão bem, meu travesseiro é meu melhor amigo, aí você descobre, num relâmpago que se passou uma hora. Aí que loucura, só correria para salvar a hora de picar o cartão!

Sabe amigo leitor, a cama leva 8 horas em média para acostumar com seu peso, portanto é só depois dessa hora que ela consegue te fazer um carinho, acolher e querer te embalar, que nem a nossa mãe fazia com a gente quando éramos criança, embalando-nos em seus colos, com todo carinho e amor...Ah, como a vida era mais doce quando não pensava em nada.

No entanto,  são 7h10, o barulho irritante da arara que escolhi como despertador no celular, em que outros momentos dos dias adora ouvir, nesse instante é insuportável, como uma das piores sinfonias. Até o latido das minhas amadas cachorras conseguem me irritar, não queria nem uma lambidinha. Coitadinha, faz com tanto amor! Vem pulando com tanta alegria!

A verdade, é que o sono tem seu potencial multiplicado às 07h10, e o acordar só vai acontecer depois que passar a grande vontade, a enorme força que acomete meu corpo as 07h10, o desejo de dormir.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Bem e mal são duas faces que formam a unidade!

Quantas vezes eu estive cara a cara com a pior metade dos outros? Quantas vezes eu estive face a face com a minha pior metade? Obviamente, inúmeras vezes, e a cada encontro um aprendizado significativo acontece, porém consigo perceber somente depois  de muito tempo, e coloca tempo nisso!
Alguém disse  que a ordem surge do caos, outro afirmou que é das piores tristezas que nascem as mais belas poesias, assim eu concluo, ou pelo menos concordo, que é desses encontros que nascem os grandes ensinamentos para lidarmos  com a existência humana e suas complicações relacionais, advindas sei lá de onde. Você poderia até me dizer que elas surgiram na pós-modernidade, mas na época da minha avó já existia aquela vizinha maldosa! Então, desde que surgiu a consciência humana, valendo-se aqui de uma reflexão religiosa, surgiram as duas metades de nós.
Desafetos, afetos, crises existenciais, negativismo, positivismo, amor, raiva, tudo me compõe. E não adianta pensar que em você não existe, pois está aí, bem no recesso empoeirado da tua mente, o qual a racionalidade exarcebada e o egocentrismo não lhe permitem enxergar.
Na verdade, bem e mal são duas faces tão essenciais na composição humana, assim como o arroz e o feijão que se misturam no prato, não importando se é por cima ou por baixo, mas eles dão toque do prato nosso de cada dia.
Com a cara limpa e a roupa suja, com a roupa suja e a cara limpa, no fundo somos todos seres ambíguos, lendo revistas, vendo revoltas, revivendo as conquistas, e esperando que tudo mude.

Pare, pense, olhe, observe, respire, fume, beba, leia, cante, escute, coma, fale, grite, xingue, bata, apanhe, mas viva aprendendo, é para isso que estamos aqui.