A tarde cai, saio do trabalho e
algo me leva até a praia. Devido ao cansaço do dia, minhas pernas parecem caminhar
sozinhas, igualam-se a um skate voador, pois tenho a sensação de flutuar. Já na praia, diante da imensidão, que me faz
pensar o quanto somos pequenos, a vontade de descansar, de se deixar levar pela
gostosa irracionalidade, é simplesmente fantástica sensação.
O mar
serena no momento em piso na areia, o vento forte bate em minhas pernas e
escuto seus barulhos entre as pedras. Resolvo-me por subir na pedra mais alta,
e deixar-me esquecer por alguns momentos. O vento bate, e vai levando tudo
embora, deixando o corpo mais leve a cada novo segundo.
O
horizonte e eu se fundem em uma coisa só, o barulho das ondas é que o me distrai, e eu a
deixo me acertar, pois é um frescor, uma mistura de sentidos, que me leva para
bem longe daquilo do que eu sou, fazendo-me mais forte.
Ao
contemplar a magnitude da natureza, num êxtase profundo, descubro que você está
dentro de mim e eu de você, assim como as ondas do mar vão e depois vem, um
influxo de pensamento me encoraja a continuar, o mar parece dizer que desistir
é apenas uma besteira, é para os fracos, para os que não querem sentir a beleza
e grandeza das experiências que a vida proporciona.
Uma
concha avisto na beira da areia, ela tira-me de um estado divino, mas tenho a
certeza que ela é um presente da Natureza para lembrar do vivido ali naquele
mágico instante.
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