domingo, 2 de agosto de 2015

Introdução ao Estruturalismo na teoria da Literatura

Várias são as escolas e concepções teóricas que compõem os estudos da Literatura. Dentre muitos, temos o chamado Estruturalismo que, segundo Heusch (1967), busca analisar o texto literário a partir de princípios universais que administram a utilização da linguagem, permeados pelos elementos que constituem um sistema de significação único ou comum a um grupo, focando-se na estrutura.
            Nessa metodologia ou escola, os conteúdos sociais ou históricos ficam em segundo plano, estabelecendo, segundo seus defensores, um método científico para a análise literária.
            O Estruralismo tem suas bases no pensamento e postulado em Ferdinand de Saussure, que traz acepções estruturalistas ao estudo da linguagem estabelecendo o signo. Entretanto, cabe-nos destacar também as contribuições de Jakobson, sobretudo, das seis funções da linguagem: expressiva, referencial, fática, metalinguística, conotativa e poética.
            De acordo com Altamir Botoso, em seu artigo intitulado " O papel da crítica literário no Estrtuturalismo",   está intimamente relacionada, a noção de análise estrutural, com o estudo imanente das obras, ou seja, o estudo que se encerra numa obra, sem considerar fontes ou motivos. O estruturalismo seria o meio de reconstituir a unidade de uma obra, o seu princípio de coerência, o seu “etymon” espiritual, segundo as considerações do estudioso (principalmente no campo da estilística.


            Pode-se afirmar, de forma geral, que tal abordagem, na área da Literatura, impõe um afastamento de qualquer tema exterior, ou seja, a análise literária não pode ser corrompida com aspectos exteriores que não configurem a obra em si. Logo, constrói-se um olhar desnudo da arte, transformando-a num resultado da linguagem, sendo possível reduzi-la em categorias classificatórias, aproximando-se da metodologia cientifica.

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