Várias são as escolas e
concepções teóricas que compõem os estudos da Literatura. Dentre muitos, temos
o chamado Estruturalismo que, segundo Heusch (1967), busca analisar o texto
literário a partir de princípios universais que administram a utilização da
linguagem, permeados pelos elementos que constituem um sistema de significação
único ou comum a um grupo, focando-se na estrutura.
Nessa metodologia ou escola, os conteúdos sociais ou
históricos ficam em segundo plano, estabelecendo, segundo seus defensores, um
método científico para a análise literária.
O Estruralismo tem suas bases no pensamento e postulado
em Ferdinand de Saussure, que traz acepções estruturalistas ao estudo da
linguagem estabelecendo o signo. Entretanto, cabe-nos destacar também as
contribuições de Jakobson, sobretudo, das seis funções da linguagem:
expressiva, referencial, fática, metalinguística, conotativa e poética.
De acordo com Altamir Botoso, em seu artigo intitulado " O papel da crítica literário no Estrtuturalismo", está
intimamente relacionada, a noção de análise estrutural, com o estudo imanente
das obras, ou seja, o estudo que se encerra numa obra, sem considerar fontes ou
motivos. O estruturalismo seria o meio de reconstituir a unidade de uma obra, o
seu princípio de coerência, o seu “etymon” espiritual, segundo as considerações
do estudioso (principalmente no campo da estilística.
Pode-se
afirmar, de forma geral, que tal abordagem, na área
da Literatura, impõe um afastamento de qualquer tema exterior, ou seja, a
análise literária não pode ser corrompida com aspectos exteriores que não
configurem a obra em si. Logo, constrói-se um olhar desnudo da arte,
transformando-a num resultado da linguagem, sendo possível reduzi-la em
categorias classificatórias, aproximando-se da metodologia cientifica.
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