quarta-feira, 27 de abril de 2016

O PALCO DA VIDA


O palco da vida é construído por diversos elementos, cores, configurações e personagens. Às vezes parece tudo parado, mas na realidade tudo se move, tudo vibra, enfim tudo pode ser nada, mas mesmo assim  edifica o todo do espetáculo.

Aquilo que era, daqui a pouco pode não ser mais, tudo se transforma. A composição da cena depende do ângulo que a vemos, e cabe a nós decidir se ela será bela ou feia, afinal tais conceitos são sentidos de formas tão infinitas e particulares assim como a vida.

sábado, 26 de março de 2016

Momentos difíceis

Nuvens negras assombram nossos dias, tirando o colorido das coisas e pessoas. Num canto qualquer, entrego minha mente a reflexão em busca de um raio de luz.
Deito, levanto, bebo, fumo, como, nado, ando, falo, grito, e nada produz um efeito concluinte na alma inquieta.
Do nada, descubro que é necessário faltar luz para que possamos enxergar as belezas que não nos são óbvias. Então, respiro profundamente, sigo rumo ao caminho do meio, tendo no coração a certeza que tempos difíceis também trazem suas belezas, as quais florescerão num momento oportuno.

domingo, 3 de janeiro de 2016

A falta de cidadãos complementos e sujeitos

Começo de noite, a chuva caía gostosamente como tinha que ser, e no canto do bar, alguém o indagava do que achava sobre os dias chuvosos, e sua resposta foi: ela atrapalha as festas de final de ano!
No desenrolar das palavras, revelava a superficialidade e não compreendia a importância do fenômeno, parecia não conhecer a crise que visitava algumas regiões. Assim, pensativo, o ser questionador buscava formas de entender a pessoa, seu mundo e o contexto, e, de forma decepcionada, percebia e constatava o quanto o mundo estava material.
Era chegada a hora de mais um drink e de muda de lugar, necessitava saborear mais uma dose, fumar um cigarro e refletir sobre essa triste realidade.
Olhava para o pequeno horizonte, observava como os sujeitos deixaram de ser sujeitos, sendo apenas partículas sem significado. E ele, sujeito, que se sentia complemento, desejava mais complementos, e entre um gole e outro, descobria a dificuldade disso.
Sentado onde estava, acendeu mais um cigarro e alterou sua degustação alcoólica pedindo uma Água Ardente. Chegará a conclusão, ou ao menos as considerações finais, que o mundo precisava de mais sujeitos que pudessem ser também complementos de uma história real, de um mundo natural e espiritual, que soubessem vivenciar, deliciosamente, as riquezas dos detalhes em ser sujeito e complemento, abrindo-se para as nuances dessa implicada relação, no entanto, bela.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Formas de se expressar a risada na internet pelo mundo


Nesta noite chuvosa, batendo um levíssimo papo virtual, começo a pensar como a internet permite uma infinidade de expressões do estado de humor humano. Assim, fiquei curioso a procurar as diversas formar de mostrar risadas, gargalhadas e coisas afins.

Ao resultados encontrados foram:

Rsrsrsrsrs ( forma básica)

Kkkkkkkkk

Huehuehue

No entanto, existem alguns exóticos, dignos de se usar caixa alta no corpo textual:

·         Em Francês temos o hohoho ( será que vi o papai Noel?)

·         Em Espanhol o jajaja ( já chegou?)

·         Em Alemão vi a expressão hae hae (ui?)

·         Em Grego vi o xaxaxa ( lembou-me xuxuxu, xaxaxa, é o jeito novo de se dançar, kkkkk)

·         Em Russo encontrei o rara xaxa ( sem comentários)

·         Em Tailandês é bem simpático 5555 (entendeu?)

Pois é, a risada é particularidade cultural XAXAXAXAXAXAXA.

sábado, 28 de novembro de 2015

Momentos de crise!

              Em momentos de crise, vivemos dias incertos, insanos, incompreensíveis e, talvez, abstratos, porém tão concretos quanto à taça de vinho sobre a mesa.  Aliás, o vinho já não me parece tão real, algo estranho implica em meu saborear.
                É cedo, abro um desses sites de notícia que fornecem a realidade de minuto a minuto, em doses homeopáticas, entretanto tão cavalares na propulsão da reflexão da realidade. A vida carece de bons vinhos, de bons momentos.
                Realmente, vivemos um período de crise, e começo a sentir que a evolução da humanidade em variados aspectos, produziu a involução da própria espécie, reduziu-se a humanidade do ser. Será que talvez estivesse enganado, ludibriado por mundo que não é o meu, ficando saudosista de uma época em que coisas eram mais simples, mais vividas, mais reais, e fraternais?
                A vida se resumiu a curtir, compartilhar e comentar, o viver ficou fora dessa. Em tempos de crise, pessoas se afastam do experimentar, mas fácil viver de longe a vida, né meu camarada!
                Não quero, não gosto, não curto, não compartilho!

           Batuquemos em busca de uma atmosfera viva, colorida e aromatizada pelas mais belas fragrâncias do ser. 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

É preciso coragem para se reinventar!

Sentado num canto qualquer cidade, cigarras cantam por todo lado, e a noite desce nesta pequena porção de terra habitada, que por vezes tende a ter características urbanas.
Acendo um cigarro e abro uma lata de cerveja, colocando num estado de contemplação, permitido por tais elementos em conjunto com a sinfonia da natureza e seu espetáculo cênico.
Ė um momento de conexão, de introspecção, de sentir...Quantas vezes paramos para nos sentirmos, para nos analisarmos, para nos repensar e talvez reinventar nossa própria ignorância? Sair da zona de conforto, é para os fortes, e eu sinceramente reflito a até que ponto estou disposto a isso, embora seja necessário...

domingo, 4 de outubro de 2015

Perder-se: um ajuste da alma


Um tanto desorientado, numa pegada do tipo  deixa a vida me levar, eis que me esbarro  com uma frase de Clarice Lispector e encontro a definição do momento, afinal perder-se também é caminho, perder-se  é também se encontrar, é ganhar.

Confesso que o perder-se também é difícil, pois a razão a todo instante recobra a necessidade da ordem, não conseguindo abstrair. É preciso deixar o inconsciente sobressair, pois ele sim compreende que o perder-se promove os ajustes de que minha alma carece nesses instantes longos.

Vou andando pelas estradas, ruas, vielas e avenidas da vida, sem prestar atenção nas placas, sem se preocupar se é mão ou via dupla, não me importa de tem algo atrás ou na frente, apenas observo, toco, olho, cheiro e deixo as sensações  fluírem, trazendo experiências que racionalmente seriam difíceis de entender, para não dizer que passariam despercebidas, cairiam no esquecimento.

Esquecer-se no tempo é uma deliciosa sensação, esvair-se ensimesmado, tudo vai acalentando aquele lado mágico nosso, que nos torna sensivelmente fortes. Refuto qualquer ideia que se pretende ter ares científicos, resguardando aqui a semântica ampla do termo.

Mesmo que seja um verdadeiro caminho das pedras tal atitude, quero tropeçar em cada uma, ver suas variedades de cor, tamanho, textura...Não quero arrumar rapidamente maneiras de achar-me, pois quero ajustes na alma. Aliás, para se viver bem no mundo material, a alma precisa estar ajustada, assim o irreal comanda o real num prisma surreal.