Eis que surfando pela internet
deparo-me com a frase “ Não existe um caminho para a paz. A paz é o caminho”,
Admiradamente, parei e refleti, minutos
e mais minutos de reflexão, buscando o tal caminho da paz.
Tempos
de violência, corrupção, falta de
compaixão, de ausência de confiança, irmandade, de sumiço da tolerância, tudo
leva-me a pensar como caminhar na paz. Talvez, minha interpretação esteja
erroneamente dando volta por classes gramaticais e sintaxes complicadas, quando
isso poderia ser ao menos bem mais fácil.
Deixo
o momento esvaecer-se, perdido num processo implicado de encadeamento de ideias,
lógico e ilógico, porém apraz, buscando entender a paz. Penso num cartaz com dizeres bonitos, mas não
profundo o suficiente para provocar a capacidade de decifrar a intenção do tal
caminho.
Assim,
caminho na estrada da significação, contemplando paisagens semânticas que
pudessem contribuir no entendimento e na compreensão, aliás infiro que
compreender talvez seja a chave que liga o espírito a paz. Fleuma, quietude,
serenidade, sossego, tranquilidade, tantas outras belas formas sintagmáticas
vão passando, cada qual com sua enorme parcela de sugestão para encontrar a
Paz, agora, grafada com letra maiúscula, pois algo mudou, sinto que se tornou
um substantivo próprio .
Repentinamente,
deixo as concepções e os juízos de valores sobre a mesa, guardo outro tanto de vocabulário
e frases soltas num pote na estante, e a sala fica melhor assim, pois a Paz
não pode se desvelar na inquietude, ela tem seu endereço exatamente na ausência
de questionamento e dúvidas. Assim, o
tal caminho parece se descortinar embaixo das solas dos meus pés.
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