sábado, 7 de janeiro de 2017

Terapia no boteco

Um bar, um freezer, aquele aparelho do som da Gradiente, um balcão velho e aquela mesa já desbotada daquela marca de cerveja que adoramos. Num canto, numa dessas raridades de mesa, cervejas, no plural, e amigos, coloco-me a prosear sobre as frivolidades do cotidiano. Descubro, nesse instante, que há momentos que a futilidade, quando envolta numa dose substancial de álcool, faz bem a vida, é quase uma terapia!
O papo rola solto, o que por si só já daria o nome de um bom bar: rola papo. É um momento íntimo e ao mesmo tempo coletivo, consigo viajar nas profundezas da minha individualidade, mas sem deixar de dar uma mergulhada nas  peculiaridades do coletivo, principalmente, nos seus aspectos meramente profanos e sem sentido.
Aquela mesa com a cerveja tem poderes estranhos, consegue tirar muitas coisas das nossas caixolas...A criatividade floresce numa proporção mágica.
O álcool se torna, momentaneamente, um embelezador de pessoas, locais e momentos...
Trocamos de assunto na mesma proporção que devoramos a cerveja, e tudo guarda sua dose de coerência alcoólica.
Na mesa do bar, os problemas ficam leve! Agora, só não deixe o celular na mesa!

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