sábado, 17 de dezembro de 2016

Violência, uma estranha vizinha!

É noite, estou muito pensativo.
Levanto, pego uma taça de vinho e acendo um cigarro, e volto para o espaço perdido dos meus pensamentos, agora um pouco mais doce.
No entanto, a palavra violência continua, com sua indecência, presente em minhas reflexões. Fico pensando até quando teremos que conviver com essa injusta causa no nosso linear cotidiano.
Momentos de revolta e de esperança se alternam no cenário, e se tento ler o noticiário tudo parece em vão.
Mais um cigarro, mais uma dose de vinho, e muitas ideias se vão e outras chegam, no entanto nenhuma refresca esse sentimento de impotência e tristeza que invade meu ser.
Olho pela janela, vejo as luzes, a lua, os carros que vão e voltam...A vida continua, assim como essa estranha vizinha nossa também!
Acendo outro cigarro em busca de pensamentos de paz, amor e fraternidade!

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Permita-se

Acendo um cigarro e pego uma taça de vinho, colocando meu corpo a descansar, observando a chuva e sentindo o delicioso cheiro de terra.Certamente, sentir a chuva e seus aromas é quase uma terapia.
Fico à pensar que nesse mundo louco e frenético, raríssimas vezes nos permitimos a vivenciar as energias pulsantes da natureza. Como é libertador e revigorante conectar-se as manifestações naturais.
Não sinto medo, não sinto frio, não sinto a umidade, pelo contrário, vejo-me confiante, algo promove uma identificação profunda que transmite segurança. Entre um pingo e outro, aumenta a sensação de bem estar, de segurança, de leveza.
Sabe, esse momento é de uma extrema solidão, porém de exagerada conexão com a alma do mundo, onde fica manifesto no ar uma ambiguidade boa, entre o individual e o universal.
Vamos nos permitir!

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Haja coração!

Horas noturnas, impaciência e insônia me fazem companhia neste momento. Do nada, eis que vejo uma certa estréia na telinha, Haja Coração. Paro, penso, leio, olho, e prefiro acender um cigarro!
Tal expressão, escrita num Português que adora, se descortina ao meu mental numa contemporaneidade absoluta e dantesca, pois haja coração para tanta falta de humanidade, desrespeito, corrupção, violência, miséria, crise, enfim haja coração.
Haja coração, haja paciência, haja tolerância...Abaixo ao racionalismo, abaixo ao objetivismo, abaixo a incompreensão, abaixo ao ódio, abaixo a intolerância religiosa.
Cenas de uma novela da vida real, que tem em seu roteiro uma necessidade de muito coração!

quarta-feira, 27 de abril de 2016

O PALCO DA VIDA


O palco da vida é construído por diversos elementos, cores, configurações e personagens. Às vezes parece tudo parado, mas na realidade tudo se move, tudo vibra, enfim tudo pode ser nada, mas mesmo assim  edifica o todo do espetáculo.

Aquilo que era, daqui a pouco pode não ser mais, tudo se transforma. A composição da cena depende do ângulo que a vemos, e cabe a nós decidir se ela será bela ou feia, afinal tais conceitos são sentidos de formas tão infinitas e particulares assim como a vida.

sábado, 26 de março de 2016

Momentos difíceis

Nuvens negras assombram nossos dias, tirando o colorido das coisas e pessoas. Num canto qualquer, entrego minha mente a reflexão em busca de um raio de luz.
Deito, levanto, bebo, fumo, como, nado, ando, falo, grito, e nada produz um efeito concluinte na alma inquieta.
Do nada, descubro que é necessário faltar luz para que possamos enxergar as belezas que não nos são óbvias. Então, respiro profundamente, sigo rumo ao caminho do meio, tendo no coração a certeza que tempos difíceis também trazem suas belezas, as quais florescerão num momento oportuno.

domingo, 3 de janeiro de 2016

A falta de cidadãos complementos e sujeitos

Começo de noite, a chuva caía gostosamente como tinha que ser, e no canto do bar, alguém o indagava do que achava sobre os dias chuvosos, e sua resposta foi: ela atrapalha as festas de final de ano!
No desenrolar das palavras, revelava a superficialidade e não compreendia a importância do fenômeno, parecia não conhecer a crise que visitava algumas regiões. Assim, pensativo, o ser questionador buscava formas de entender a pessoa, seu mundo e o contexto, e, de forma decepcionada, percebia e constatava o quanto o mundo estava material.
Era chegada a hora de mais um drink e de muda de lugar, necessitava saborear mais uma dose, fumar um cigarro e refletir sobre essa triste realidade.
Olhava para o pequeno horizonte, observava como os sujeitos deixaram de ser sujeitos, sendo apenas partículas sem significado. E ele, sujeito, que se sentia complemento, desejava mais complementos, e entre um gole e outro, descobria a dificuldade disso.
Sentado onde estava, acendeu mais um cigarro e alterou sua degustação alcoólica pedindo uma Água Ardente. Chegará a conclusão, ou ao menos as considerações finais, que o mundo precisava de mais sujeitos que pudessem ser também complementos de uma história real, de um mundo natural e espiritual, que soubessem vivenciar, deliciosamente, as riquezas dos detalhes em ser sujeito e complemento, abrindo-se para as nuances dessa implicada relação, no entanto, bela.