Em momentos de crise, vivemos
dias incertos, insanos, incompreensíveis e, talvez, abstratos, porém tão
concretos quanto à taça de vinho sobre a mesa. Aliás, o vinho já não me parece tão real, algo
estranho implica em meu saborear.
É
cedo, abro um desses sites de notícia que fornecem a realidade de minuto a
minuto, em doses homeopáticas, entretanto tão cavalares na propulsão da
reflexão da realidade. A vida carece de bons vinhos, de bons momentos.
Realmente,
vivemos um período de crise, e começo a sentir que a evolução da humanidade em
variados aspectos, produziu a involução da própria espécie, reduziu-se a
humanidade do ser. Será que talvez estivesse enganado, ludibriado por mundo que
não é o meu, ficando saudosista de uma época em que coisas eram mais simples,
mais vividas, mais reais, e fraternais?
A
vida se resumiu a curtir, compartilhar e comentar, o viver ficou fora dessa. Em
tempos de crise, pessoas se afastam do experimentar, mas fácil viver de longe a
vida, né meu camarada!
Não
quero, não gosto, não curto, não compartilho!
Batuquemos
em busca de uma atmosfera viva, colorida e aromatizada pelas mais belas fragrâncias
do ser.